terça-feira, 15 de abril de 2014

Documentário “Utopia e Barbárie”

Documentário “Utopia e Barbárie”, do cineasta Silvio Tendler, que se debruçou nos últimos 20 anos sobre o projeto. Partindo da II Guerra Mundial, o filme faz uma revisão nos eventos políticos e econômicos, que desde a metade do século XX elevaram ao risco e até ao desaparecimento dos sonhos de igualdade, de justiça e harmonia, em busca de entender as questões que mobilizam esses dias tumultuados: a utopia e a barbárie.

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“Utopia e Barbárie” é percorreu ao todo 15 países: França, Itália, Espanha, Canadá, EUA, Cuba, Vietnã, Israel, Palestina, Argentina, Chile, México, Uruguai, Venezuela e Brasil. Em cada um desses lugares, Tendler documentou os protagonistas e testemunhas da história, os apresentando de forma apartidária, mas sem deixar de trazer um pouco do olhar do cineasta, que completou 64 anos em 12 de março de 2014.

Alguns dos episódios mais polêmicos dos últimos séculos, como as bombas de Hiroshima e Nagasaki, o Holocausto, a Revolução de Outubro, o ano de 1968 no mundo (Brasil, França, Chile, Argentina, Uruguai, dentre outros), a Operação Condor, a queda do Muro de Berlim e a explosão do neoliberalismo mais canibal que a História já conheceu.

Os sonhos que balizaram o século XX e inauguram o século XXI. Ao longo de quase duas décadas de trabalho, Silvio Tendler fez uma minuciosa pesquisa e reconstruiu parte da história mundial, através do olhar de personagens com abordagens e trajetórias distintas, que ajudaram a compor um rico painel de nossa época. Entrevistados inúmeros intelectuais, como filósofos, teatrólogos, cineastas, escritores, jornalistas, militantes, historiadores, economistas, além de testemunhas e vítimas desses episódios históricos.

Os dramaturgos Amir Haddad, Augusto Boal e Zé Celso Martinez, a economista Dilma Rousseff, o escritor e jornalista Eduardo Galeano, o poeta Ferreira Gullar e o jornalista Franklin Martins foram alguns dos nomes que concederam ao filme emocionantes depoimentos. Diversas vítimas, testemunhas e sobreviventes também narraram suas trajetórias, como a argentina Macarena Gelman e a brasileira nascida em Havana, Naisandy Barret, ambas filhas de desaparecidos políticos, além do estrategista do exército vietnamita, General Giap.

Cineastas de vários países também contribuíram com suas visões, como Denys Arcand (Canadá), Amos Gitai (Israel), Gillo Pontecorvo (Itália), Fernando Solanas (Argentina), Hugo Arévalo (Chile), Marceline Loridan (França), Mohamed Alatar (Palestina), Shin Pei (Japão), além dos cineastas brasileiros Cacá Diegues, Sérgio Santeiro e Marlene França.

Orçado em R$ 1 milhão, o longa-metragem conta com a narração de Letícia Spiller, Chico Diaz e Amir Haddad. A trilha sonora, especialmente composta para o filme, é assinada por Caíque Botkay, BNegão, Marcelo Yuka e pelo grupo Cabruêra.

Silvio Tendler é diretor de O Mundo Mágico dos Trapalhões, que fez um milhão e oitocentos mil espectadores; Jango, fez um milhão e Os Anos JK, oitocentos mil espectadores. Seu longa-metragem, Encontro com Milton Santos, ficou entre os dez documentários mais vistos de 2007. Com seus filmes Silvio ganhou quatro Margaridas de Prata (prêmio dado pela CNBB), seis kikitos (Festival de Gramado) e dois candangos (Festival de Brasília).

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Lincoln ferido mortalmente 14 de abril de 1865

 

Somente uma semana depois da capitulação do general sulista Robert Lee, rendido com seu exército, na Virginia, terminando com a Guerra Civil americana, no dia 14 de abril Abraham Lincoln é ferido mortalmente. John Wilkes Booth, partidário fervoroso dos sulistas atira no presidente que morre na manhã seguinte. Lincoln falece antes de poder assistir à ratificação da 13ª Emenda à Constituição dos Estados Unidos que aboliu a escravidão

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Atentado Lincoln

Lincoln e a escravidão

Abraham Lincoln é muitas vezes referida como "O Grande Libertador" e, ainda assim, ele não assumiu publicamente a defesa da emancipação durante toda a sua vida. Lincoln começou sua carreira pública, alegando ser "abolicionista" - contra a expansão da escravidão, mas não pedindo emancipação imediata. No entanto, o homem que começou como "abolicionista" finalmente emitiu a Proclamação de Emancipação, libertando todos os escravos nos estados sulistas que estavam em rebelião. Apoiou vigorosamente a 13 ª Emenda, que aboliu a escravidão nos Estados Unidos, e, no último discurso de sua vida, ele recomendou estender o voto aos afro-americanos. Os discursos mostram um dos seus maiores trunfos: A capacidade de mudar sua posição pública sobre a escravidão

Funeral

Abraham Lincoln discursa em sua primeira inauguração em 04 de março de 1861 no Capitólio dos EUA, que ainda estava em construção, em Washington DC -

Uma amizade incomum -

Lincoln & Frederick Douglass

Uma das amizades mais importantes que se desenvolveram durante esse conflito (1861-1865) foi entre o presidente Abraham Lincoln e abolicionista negro Frederick Douglass.

Imediatamente após o início da guerra civil em abril de 1861, Douglass começou a apelar para o uso de tropas negras para combater a Confederação. Defendeu a criação de regimentos negros no exército da União. A primeira preocupação do presidente Lincoln foi a preservação da União, e não aceitou o pedido de Douglass.

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Escravo açoitado na Lousian, fugiu e foi lutar contra os Confederados (Sulistas 1863)

Lincoln acreditava no principal objetivo do Norte era preservar a União e não acabar com a escravidão. Ele proclamou:

" Meu objetivo primordial nesta luta é salvar a União, e não entre resguardar ou destruir a escravidão. Se eu pudesse salvar a União sem libertar qualquer escravo, eu o faria, e se eu pudesse salvá-la libertando a todos, eu o faria; e se eu pudesse salvá-la libertando alguns e deixando outros, eu também o faria. O que eu faço referente à escravidão, e à raça de cor, faço porque acredito que ajuda a salvar a União; e ao que se dá minha resistência é porque acredito que não ajudará ...”

APOIO À LINCOLN

Apesar da política pró-escravidão aparente da administração Lincoln, Douglass foi fervoroso trabalhando e apoiando o Presidente. Sábio o suficiente para entender que, se Lincoln no início, havia declarado sua política, não só para salvar a União, mas também para libertar os escravos, senão nada se conseguiria. Nos discursos Douglass enfatizava "a missão da guerra foi a libertação dos escravos, assim como a salvação da União. Reprovava o Norte que lutava só com uma mão contra a escravidão, enquanto podiam lutar de forma mais eficaz com as duas.

Apelou tanto que a guerra assumiu uma atitude antiescravagista e os negros foram convocados para lutar ao lado da União.

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Em julho de 1863, Douglass se reuniu com Lincoln na Casa Branca para aliviar o sofrimento que as tropas negras estavam sofrendo como cidadãos de segunda classe. Foi inédito para um homem negro ir à Casa Branca com uma queixa. Mas tinha muitos amigos e admiradores influentes em Washington, caminho aberto e seguro para dialogar com Lincoln. Logo descobriram que tinham muito em comum. Douglass feito um caminho longo e difícil a partir de escravo em Maryland, e Lincoln um espinhoso caminho da vida dura e áspera no Kentucky, para o alto cargo de Presidente. Um grande demais para ser um escravo, e o outro nobre demais para permanecer, em uma crise como nacional, um cidadão privado.

Antes do final da guerra, muitos soldados negros recebiam igualdade de remuneração e promoções. Durante os últimos dois anos da guerra cerca de 200 mil afro-americanos serviram em regimentos da União. Tendo chance de lutar, os negros se mostraram tão corajoso como ninguém. Mais de 30.000 morreram lutando pela liberdade e pela União (Norte).

Fontes:National Park Service, William Connery e Wikepedia

terça-feira, 8 de abril de 2014

A descoberta da Vênus de Milo

8 de abril de 1820

Afrodite de Milos mais conhecida como a Vênus de Milo, é uma antiga estátua grega e uma das mais famosas obras de escultura grega. Criada em algum momento entre 130 e 100 AC, acredita-se que representa Afrodite, a deusa grega do amor e da beleza (Vênus para os romanos). Escultura de mármore, um pouco maior que o tamanho natural. Os braços originais foram perdidos após a sua descoberta. Uma inscrição que estava em seu pedestal, atribui a obra a Alexandros de Antioquia. Atualmente em exposição permanente no Museu do Louvre, em Paris.

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É amplamente conhecido o mistério de seus braços que faltam. Há um buraco cheio abaixo de seu seio direito que originalmente continha um pino de metal que teria apoiado o braço direito esculpida separadamente.

Descoberta e história

A Afrodite de Milos foi descoberta em 08 de abril de 1820 por um camponês grego, dentro de um nicho enterrado dentro das ruínas da cidade antiga de Milos, a atual vila de Tripiti, na ilha de Milos no Mar Egeu, então uma parte do Império Otomano. A estátua foi encontrada em dois pedaços grandes (a parte superior do tronco e as pernas envoltas), juntamente com fragmentos do braço esquerdo e a mão esquerda segurando uma maçã.

 

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Olivier Voutier, um oficial da marinha francesa, foi explorar a ilha. Com a ajuda do jovem agricultor, Voutier começou a cavar em torno do que eram claramente ruínas antigas. Dentro de algumas horas Voutier tinha descoberto a Vênus de Milo. Cerca de dez dias depois, um outro oficial naval francês, Jules Dumont d’Urville, reconheceu seu significado e arranjou a compra pelo embaixador francês na Turquia.

A base de mármore onde a Vênus de Milo originalmente estava ainda hoje permanece na propriedade grega. A Vênus de Milo é uma estátua de uma mulher nua com uma maçã em sua mão esquerda levantada, a mão direita segurando uma faixa coberta caindo do quadril aos pés, as duas mãos separadas do corpo. Mesmo com o nariz quebrado, o rosto era lindo. O oficial francês estava ansioso para adquiri-lo, mas seu capitão um homem prático, desinteressado em antiguidades, disse que não havia lugar no navio, para que a compra não fosse feita. O tenaz d'Urville na chegada em Constantinopla mostrou os esboços que ele tinha feito com para o embaixador francês, que enviou o seu secretário em um navio da Marinha francesa para comprá-lo para a França. Antes que eles pudessem retirar, os marinheiros franceses tiveram que lutar com bandidos gregos para garantir a posse. Na confusão, a estátua foi arrastada nas rochas para o navio, quebrando os dois braços, e os marinheiros se recusaram a voltar para procurá-los.

Esta história no entanto provou ser uma invenção desenhos de Voutier da estátua quando foi descoberto mostravam que seus braços já estavam faltando (Curtis, 2003).

Fama

A grande fama do Afrodite de Milos durante o século XIX não era simplesmente o resultado de sua beleza admitiu, mas também deve muito a um grande esforço de propaganda pelas autoridades francesas. Em 1815, a França tinha devolvido “Vênus Medice” para os italianos depois de ter sido roubado de Itália por Napoleão Bonaparte A Vênus Medice considerada como uma das melhores escultura clássica fizeram os franceses promover a Vênus de Milo como um tesouro maior.

300px-Venus_medici_pushkin Vênus de Medice devolvida para a Itália

Fonte Wipédia em inglês

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Semana de luto em Ruanda: Genocidio de 1994

 

Genocídio de 1994 azeda relações entre a França e o Ruanda

 

 

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O verniz estalou. A França anulou a deslocação da sua ministra da Justiça ao Ruanda, para a cerimónia de evocação do genocídio de 1994, depois de o Presidente do país africano, Paul Kagame, ter acusado as autoridades de Paris e a Bélgica, antiga potência colonial, de participação nos massacres em que, há 20 anos, entre Abril e Julho, foram mortas cerca de 800 mil pessoas.

Numa entrevista publicada este domingo na revista Jeune Afrique – exactamente 20 anos após o derrube por um míssil do avião do então Presidente ruandês, o hutu Juvenal Habyarimana, a que se seguiu o início do genocídio – Kagame denunciou o “papel directo” dos dois países europeus na “preparação política do genocídio”. No caso da França foi mais longe, acusou-a de ter participado na sua “execução”.

Paul Kagame, à época líder dos rebeldes da Frente Patriótica Ruandesa, maioritariamente tutsis, acusou também soldados franceses participantes na operação militar-humanitária Turquoise, desencadeada em Junho de 1994, sob mandato das Nações Unidas, no Sul, de terem sido “cúmplices” e “actores” de massacres.

A entrevista confirma o que se sabia, que o apaziguamento entre os dois países e a reconciliação de 2010 – quando o então Presidente francês, Nicolas Sarkozy, reconheceu “graves erros de apreciação” em 1994 – era apenas aparente. E que o genocídio de tutsis, mas também de hutus moderados, continua a envenenar as relações bilaterais.

O incidente é uma espécie de repetição do que aconteceu há dez anos, quando, na cerimónia oficial, em Kigali, Kagame atribuiu a Paris a “audácia de não pedir desculpa” e a delegação francesa encurtou a permanência no Ruanda. Já depois disso, o dirigente africano aludiu, em várias outras ocasiões, ao suposto envolvimento da França.

Na sequência das declarações do dirigente africano, a França cancelou a deslocação a Kigali da ministra da Justiça, Christiane Taubira, e disse que as palavras de Kagame surgem “em contradição com o processo de diálogo e de reconciliação”. Paris informou que se faria representar pelo seu embaixador em Kigali, mas o Governo ruandês declarou-o persona non grata nas cerimónias. “O Ministério dos Negócios Estrangeiros telefonou-me à noite para me dizer que eu já não tinha acrediração”, explicou à AFP o embaixador Michel Flesch. “Quando perguntei se podia ir ao memorial de Gisozi para colocar uma coroa de flores responderam-me que não”.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros da época, Alain Juppé, denunciou uma “falsificação histórica” e apelou ao Presidente, François Hollande, para “defender a honra da França”. Juppé considera que “a comunidade internacional falhou, é um facto”, porque foi “incapaz e prevenir e travar o genocídio” mas – acrescentou – “a comunidade internacional não é apenas a França”.

 

Já depois da reacção francesa, a ministra dos Negócios Estrangeiros do Ruanda, Louise Mushikiwabo, fez um sublinhado às declarações do seu Presidente. A França, que apoiava o regime em 1994, deve “olhar a verdade de frente”, disse.

A Bélgica manteve os planos iniciais, apesar de ter marcado a distância para com as autoridades de Kigali. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Didier Reynders, invocou à televisão RTBF as conclusões de um inquérito belga que atribuiu a preparação do genocídio a “grupos extremistas ruandeses” e confirmou que estará em Kigali para “lembrar a memória das vítimas e das suas famílias” e não para “prestar homenagem ao actual Governo”. Com ele viajaram familiares de 22 vítimas belgas – dez paraquedistas mortos a 7 de Abril de 1994 juntamente com Agather Uwilingiyimana, o primeiro-ministro ruandês que protegiam, e 12 civis.

Ruanda genocidio

Mistério por esclarecer
Duas décadas depois está por esclarecer quem disparou o míssil que derrubou o Falcon 50 que o Presidente francês, François Mitterrand, oferecera Habyarimana, e em que também morreu Cyprien Ntaryamira, Presidente do Burundi. Sabe-se apenas que foi a queda do avião e a morte do chefe de Estado que precipitou um genocídio antecedido por semanas de propaganda assente no ódio.

As investigações em França têm, como explicava no sábado o diário Le Monde, explorado diferentes hipóteses de autoria da queda do avião: dos então rebeldes de Kagame, em plena ofensiva contra o governo; a extremistas hutu, descontentes com disponibilidade de Habyarimana para partilhar o poder com os tutsis.

Após 6 de Abril de 1994 sucederam-se meses de violência sem limites. “A escala de brutalidade do Ruanda continua a chocar: uma média de 10.000 mortos por dia, todos os dias, durante três meses”, recordou, citado pela AFP, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, que estará em Kigali.

fonte: http://www.publico.pt/

VEJA MAIS IMAGENS EM http://www.publico.pt/mundo/noticia/genocidio-de-1994-azeda-relacoes-entre-a-franca-e-o-ruanda-1631250#/0

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Campos de Concentração Indígenas na Ditadura

Ditadura criou campos de concentração indígenas

Índios foram submetidos a trabalhos forçados e torturas. Reparação de crimes cometidos nas aldeias ainda é pouco debatida. Veja minidocumentário

De 1969 até meados da década de 1970, a Fundação Nacional do Índio (Funai) manteve silenciosamente em Minas Gerais dois centros para a detenção de índios considerados “infratores”. Para lá foram levados mais de cem indivíduos de dezenas de etnias, oriundos de ao menos 11 estados das cinco regiões do país. O Reformatório Krenak, em Resplendor (MG), e a Fazenda Guarani, em Carmésia (MG), eram geridos e vigiados por policiais militares sobre os quais recaem diversas denúncias de torturas, trabalho escravo, desaparecimentos e intensa repressão cultural. Os presos incluíam até mesmo indivíduos que lutavam contra a invasão de áreas hoje oficialmente reconhecidas como território indígena.

Muito pouco se divulgou sobre o que de fato acontecia nesses campos de concentração étnicos. Se a reparação dos crimes cometidos pela ditadura nas cidades brasileiras ainda engatinha, nas aldeias situação é ainda pior. Até hoje, nenhum índio ou comunidade indígena foi indenizado pelos crimes de direitos humanos ocorridos nesses locais. Nunca houve qualquer manifestação formal do Estado brasileiro reconhecendo a existência de tais crimes.

Por André Campos

Acusações de vadiagem, consumo de álcool e pederastia jogaram índios em prisões durante o regime militar; para pesquisadores, sociedade deve reconhecê-los como presos políticos

Minidocumentário originalmente publicado em junho de 2013 na reportagem Ditadura criou cadeia para índios com trabalho forçado e torturas, do Concurso de Microbolsas de Reportagem da Pública.

Fonte Reporter Brasil